sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Prepare o seu coração

Pras coisas

Que eu vou contar

Eu venho lá do sertão

E posso não lhe agradar...

Aprendi a dizer NÃO

Ver a morte sem chorar

E a morte, o destino, tudo.

Estava fora do lugar

Eu vivo pra consertar...
Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse

Porém por necessidade

Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu...
Boiadeiro muito tempo
Laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente.
Pela vida segurei

Seguia como num sonho

E boiadeiro era um rei...
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos

Que fui sonhando

As visões se clareando
Até que um dia acordei...
Então não pude seguir
Valente em lugar tenente
E dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente...
Se você não concordar

Não posso me desculpar

Não canto pra enganar

Vou pegar minha viola

Vou deixar você de lado

Vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer ir mais longe
Do que eu...
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei

Agora sou cavaleiro

Laço firme e braço forte

Num reino que não tem rei


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