quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
Paulo H.G.Fagundes- Experienced Multi-Platform DBA que se diz da Oracle com pagina no Facebook ? Mas ele não é Fake??!!
☆ Paulo Fagundes ☆
Ultimamente ele tem assinado desta forma -- ( Paulo H.G.Fagundes- Experienced Multi-Platform DBA )
ps: no meu entender quem não deve não teme ! ☆ Paulo Fagundes ☆ = mesmo fake ?????????
ps: no meu entender quem não deve não teme ! ☆ Paulo Fagundes ☆ = mesmo fake ?????????
Group: Oracle Professionals Brazil®
( Assinava assim ) ☆ Paulo Fagundes ☆ has started a discussion: Curtam nossa Página no FB
"Curtam nossa Página no FB www.facebook.com/OracleProfessionalsBrazil "
Agora fiquei confusa. Como vc pode criar uma pagina no Facebook usando o nome da Oracle se você não existe. Ou seja, é Fake criado em Ilustração Digital
Alguém pode me explicar como isso acontece e ainda usa o nome da Oracle ? Muito estranho. Espero que o pessoal da Oracle monitore minhas denuncias afinal se vc não for fake é bandido, pois me ameaçou e depois vem falar de falta de privacidade na net ?!!!! Que povo cara de pau e malandros.....
Vejam a pagina do Face
Outra pérola desse picareta de M......
· Group: Oracle Professionals Brazil®
· Subject: Mercado de trabalho em Florianopolis para DBA
"Aqui no RS o mercado é um pouco complicado, não sei se por falta de visão das empresas responsáveis pelo recrutamento ou por falta de visão e conhecimento dos responsáveis pelas vagas nas próprias empresas. Tanto esta complicado, que é muito comum você encontrar profissionais de outros estados, "Importados" pelas consultorias que tem abrangência nacional. No caso dos profissionais Sêniors é mais complicado ainda, pois geralmente e certamente você será barrado por alguém menos experiente que está ocupando uma vaga de liderança dentro da empresa que esta buscando o profissional. Com relação a certificações, isso não influencia em nada no salário, apenas é interessante para empresas que participam de licitações e necessitam de profissionais certificados para poderem ganhar a concorrência, porém, não pagam mais por isso, pois você ganhará igual ou menos que outros profissionais não certificados dentro do mesmo projeto. Por esta razão, decidi não depender mais e seguir sozinho e confesso que estou tendo bastante sucesso, pois tenho clientes que por insatisfação com os serviços de consultorias de renome viram que poderiam ter sucesso e com menos custos contanto apenas com um profissional mais experiente. Assim tenho aumentado a cada dia minha carteira de clientes."
Fica aqui minha pergunta Paulo Fagundes – Porque vc não se identifica e se esconde atrás de minhas acusações ? Você é Fake criado por Marco Aurélio (Khydra ) e Karla Baronto e turma ? Pra quem não sabe o que se passa por favor esta tudo postado nos meus Blogs
Porque muda constantemente seu nome ? Algo esconder ?
13.06.2012
domingo, 25 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Dizem que sou louca por pensar assim
Se eu sou muito louca por eu ser feliz
Hey medo, eu não te escuto mais ....
E se quiser saber pra onde eu vou....
Se eles têm três carros, eu posso remar :)
Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Gosto com bastante pimenta
Já não sou a única que encontrou a paz
Amanheceu um lindo dia
Estou muito feliz :)
Sentirei saudade dos amigos que la eu fiz....
Levo minha vida sossegada :))
domingo, 11 de março de 2012
Ao clicar sobre o link com a tal ameaça/oferta, geralmente a pessoa é levada para um site que pede para baixar/executar um programa
O que me choca é que decorro acusando há tempos esse tipo
de pratica ilegal no Linkedin de usuários da net, criando redes, com demasiados
grupos que oferecem ““ Vagas de Empregos ““, ““ Cadastros Gratuitos ““. Muitas
das recomendações e empresas não existem. Muitos perfis não são verdadeiros.
São Fakes = pessoas que não existem. Pessoas de má Índole Inventam um rosto e
uma identificação virtual se passando como pessoa de verdade. Tenho feito
varias ocorrências e mesmo assim essas pessoas do mal estão ai, nos provocando
e se aproveitando e abusando de nós usuários sem malicia e pq não dizer distraídos
!¿ Nenhuma providência é adotada por parte até mesmo do MKT do Linkedin. Questiono-me
ate que ponto vale a pena ingressar nessas redes..... Não esta na hora de
revermos nossos conceitos virtuais ¿
Só para lembrar: Você tem excluído seu histórico de navegação ¿ Que tal mais leitura sobre segurança Virtual.
Fonte do texto : IDG NOW
http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2011/08/30/conhece-os-rauls-pois-devia-eles-estao-de-olho-no-seu-dinheiro/
Só para lembrar: Você tem excluído seu histórico de navegação ¿ Que tal mais leitura sobre segurança Virtual.
Fonte do texto : IDG NOW
http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2011/08/30/conhece-os-rauls-pois-devia-eles-estao-de-olho-no-seu-dinheiro/
OSHO
Quando você conhece a si mesmo através dos outros, essa é a sua personalidade, apenas uma camada fina de opiniões. Quando você conhece a si mesmo diretamente, você conhece a sua individualidade. E uma vez que você conhece a sua individualidade, o medo de ser deixado só desaparece. Não existe outra maneira.
Quando você conhece a si mesmo através dos outros, essa é a sua personalidade, apenas uma camada fina de opiniões. Quando você conhece a si mesmo diretamente, você conhece a sua individualidade. E uma vez que você conhece a sua individualidade, o medo de ser deixado só desaparece. Não existe outra maneira.
sábado, 10 de março de 2012
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Não
me inventem o que não sou não me seduza a ser parecida, porque verdadeiramente
sou diferente !
Inspirado da pagina do Blog (Fonte: http://thesixfeet-under.blogspot.com/)
quinta-feira, 8 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
Chega de Saudade !
e diz a ela que sem ela não pode ser,
diz-lhe, numa prece
Que ela regresse, porque eu não posso Mais sofrer.
Chega, de saudade
a realidade, É que sem ela não há paz,
não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca,
dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver sem mim
diz-lhe, numa prece
Que ela regresse, porque eu não posso Mais sofrer.
Chega, de saudade
a realidade, É que sem ela não há paz,
não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca,
dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver sem mim
sexta-feira, 2 de março de 2012
Deixa a menina sambar em paz..
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido
A moça é capaz de se aborrecer
Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher mil homens, sempre tão gentis
Por isso para o seu bem
Ou tire ela da cabeça ou mereça a moça que você tem
Não sei se é para ficar exultante
Meu querido rapaz
Mas aqui ninguém o agüenta mais
São três horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São seis horas o samba tá quente
Deixe a morena com a gente
Deixe a menina sambar em paz
quinta-feira, 1 de março de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Essa Vaga não é sua nem por um Minuto - Mirella Prosdócimo ( Minha Musa Inspiradora :)
Um sonho possível
Existem pessoas capazes de nos transformar. E se você prestar bem atenção, geralmente elas não fazem isso gritando, impondo suas crenças, falando demais. Essas pessoas especiais despertam o que temos de melhor com o exemplo.
Por Luís Fernando Carneiro
Reprodução do texto na Integra / Fonte : Revista Viver http://www.revistaviver.com.br/blog/?p=843
Os braços e pernas de Mirella Prosdóscimo não se mexem. Há 18
anos ela precisa da cadeira de rodas e de pessoas a sua volta para fazer coisas
que nos parecem as mais simples do mundo. Tomar água, almoçar, coçar o rosto ou
virar de lado na cama. Ainda que com todas as desculpas do mundo para se
abandonar no comodismo, Mirella reorganizou sua vida, formou-se em Letras,
especializou-se em Educação Especial e Inclusão nos Estados Unidos e, quando
compreendeu sua missão, voltou ao Brasil para fundar a Adaptare, uma
consultoria especializada para a nova realidade de inclusão.
É no escritório adaptado, na companhia da sócia Tatiana
Moura, que Mirella se mostra um furacão. Orientando os assistentes, respondendo
e-mails com o auxílio de um software especial ou avaliando minuciosamente cada
projeto dos clientes, ela cria asas com o objetivo de viabilizar direitos
básicos como o de ir e vir, negado historicamente no Brasil por conta de
calçadas, casas e empresas sem um projeto básico de acessibilidade. E é claro
que as maiores barreiras não são as arquitetônicas. Há três anos Mirella
participa da organização de um seminário sobre pessoas com deficiência, na
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), e sonha com um mundo em
que as pessoas com qualquer tipo de limitação não sejam vistas como
“coitadinhas”, mas como gente capaz de ser e de viver feliz.
O censo de 2000 apontou um contingente de 24,5 milhões de
brasileiros com algum tipo de deficiência, ou seja, 15% da população. Pensando
bem, tem muita gente sonhando o mesmo sonho.
Viver Curitiba – Como foi seu acidente?
Mirella Prosdóscimo – Foi em 92, voltando da praia. Estávamos
chegando em Curitiba, meu tio estava dirigindo, veio um outro carro com uma pessoa alcoolizada no volante e nos jogou
de cima do viaduto da Sanepar. O carro capotou e eu fui a única pessoa que se
machucou, fraturando a coluna na altura do pescoço. Minha lesão foi bem alta e
com isso perdi todos os movimentos do pescoço para baixo. Eu tinha 17 anos e
demorei 10 anos para voltar a estudar e retomar as rédeas da vida.
Como foram os dias seguintes?
Esse período no hospital foi um pouco nebuloso para mim. Eu
não me lembro bem, até porque estava com muita medicação. Eu passei por uma
cirurgia, fiquei três meses no hospital, muito tempo na UTI. E não recebi a
notícia: “você está tetraplégica”. Eu nunca passei por isso, assim como
acontece em novela. Fui acordando aos poucos de toda a medicação e não sabia o
que estava acontecendo. Acredito que essa demora de 10 anos para retomar a
minha vida foi porque eu não tinha um entendimento disso. Eu ficava no “amanhã
eu vou” e acreditava piamente que não era uma situação permanente e que em
poucos meses eu recuperaria os meus movimentos. Ninguém chegou para mim e
falou: “Olha, Mirella, você lesionou sua
medula, perdeu todos os seus movimentos, é para sempre e a gente vai ter que
lidar com isso”.
E como foi caindo a ficha?
Eu sempre fui muito protegida pela minha família. Tenho três
irmãos, minha mãe, meu pai, e, se
deixar, todos me mantém numa bolha mesmo. Isso é normal. Mas a ficha foi caindo
quando percebi que as pessoas que estavam a minha volta começaram a retomar as
suas vidas; minha irmã casou e teve filho, a outra irmã casou, e cada um foi
seguindo a sua vida. Aí eu disse: “Meu Deus, eu preciso seguir com a minha
também, chega de ficar esperando!”.
E como você lidou com isso?
Isso não aconteceu de uma hora para outra. Para a minha
família também. A minha mãe até hoje acredita que vai acontecer um milagre,
seja da medicina, seja de Deus, e que daqui alguns anos eu vou estar me
movimentando de novo, seja só braço, seja braço e perna, seja o que for. Eu
acho que o ser humano tem isso até como uma autoproteção, para a gente não ter
esse sofrimento tão abrupto. A gente vai se preparando aos poucos. Eu não tive
esse momento de “meus sonhos acabaram”. Eu fui aprendendo a conviver com essa
nova realidade e hoje eu faço absolutamente tudo.
Como foram os seus estudos?
Fiz o terceirão em casa e prestei o vestibular, mesmo não
acreditando que conseguiria. Mas depois, na faculdade de Letras, fui muito bem
recebida e dali em diante a mudança foi total. Lá eu era uma das mais
festeiras. Antes do acidente eu sempre fui muito festeira e continuei sendo.
Depois fiz uma especialização nos Estados Unidos, que abriu muito a minha
cabeça sobre acessibilidade e principalmente as condições de respeito com
pessoas com deficiência. Como os americanos passaram por guerras, eles não vêem
os seus deficientes como coitadinhos.
Qual a principal coisa que mudou na sua vida com o acidente?
Muda muita coisa, até porque eu era uma adolescente, tinha 17
anos. Acho que o sofrimento acaba trazendo um amadurecimento mais rápido. E
todo esse processo, por mais que tente levar minha vida mais leve possível,
mais normal possível, é uma situação muito limitadora. Eu preciso de ajuda o
tempo inteiro, para absolutamente tudo. Então, lógico que tem momentos que eu
paro para pensar, “Meu Deus, o que eu estou fazendo aqui?”. Eu me pergunto o
por quê de tudo isso.
Mas eu acredito que tenha uma explicação, que eu tenha
realmente que passar por tudo isso para ter um amadurecimento, um crescimento.
Qual sua relação com Deus?
Eu sou espírita, então eu acredito que a vida não acaba aqui.
Eu acredito que tem toda uma história de antes, de hoje e de depois também. O
que eu venho tentando fazer é realmente ser uma pessoa melhor, tentando trazer
uma consciência maior para as pessoas, para que olhem para a diversidade com
naturalidade. Porque somos pessoas como quaisquer outras, com os mesmos
sentimentos, vontades, os mesmos medos.
Você tem um furacão dentro de si e seus braços e pernas não
respondem. Como você convive com isso?
O ser humano tem uma capacidade de adaptação muito rápida.
Hoje em dia eu não paro para pensar na minha situação. Eu esqueço muitas vezes
que eu dependo das pessoas. Então eu acordo e penso: “eu tenho milhões de
coisas para fazer, tenho que ligar para fulano, tenho que correr para tal
lugar….”. Mas na verdade quem faz tudo isso são as meninas.
É como se as suas assistentes fossem os seu braços?
Na verdade elas são os meus braços mesmo, elas fazem tudo
para mim. Mas a cabeça, quem está aqui no comando sou eu. Graças a Deus a gente
acaba se adaptando. Algumas vezes rapidamente, outras vezes nem tanto… o meu
“rápido” durou 10 anos, mas a gente acaba se adaptando.
Você exige muitos cuidados?
São três pessoas que se revezam de segunda a sexta e, aos
finais de semana, duas pessoas, uma 24 horas no sábado e outra no domingo.
O fato de você ser de uma família tradicional, com condições
para manter a sua autonomia ajuda…
Eu sei que eu sou uma pessoa privilegiada e que tenho
possibilidades que a maioria da população não tem e agradeço a Deus por isso. A
minha parte é tentar oferecer mais condições de acesso e dignidade para quem
não tem as mesmas condições que eu.
Tenho certeza que muitas pessoas vão ler essa entrevista e
parar para pensar na vida…
Muitas pessoas param para pensar: “ai, se fosse eu, o que eu
faria?”. Eu não me vejo como uma heroína. Realmente enfrentei muitas batalhas
na minha vida, continuo enfrentando e pelo resto da minha vida vou enfrentar,
mas todo mundo tem os seus problemas, as suas dificuldades. O que eu aprendi
com tudo isso é que dificuldades, problemas, todo mundo vai ter sempre. A gente
tem que saber levar da melhor maneira possível e é isso que eu tento fazer.
Quando eu acordo de manhã eu não paro para pensar: “o que eu vou fazer da minha
vida hoje?”. Não, o dia está ali, eu tenho coisas para fazer e vou tocar a
minha vida da melhor forma que eu puder.
E se você tivesse seus movimentos de volta por um dia, o que
gostaria de fazer?
Puxa… (emocionada) é difícil dizer, porque tem tantas coisas
que eu morro de vontade de fazer! Por exemplo, botar os pés na areia, sentir o
mar. Porque além de ter perdido os movimentos eu perdi também a sensibilidade
no meu corpo. Então, se você de repente der um beliscão aqui na minha perna, eu
não vou sentir. E da mesma maneira eu não sinto um carinho, alguém passando a
mão no meu braço. Às vezes tenho um aperto no coração, assim: “ai, que vontade
de dar um abraço naquela pessoa!” ou “ai, que vontade de, sei lá, sair
correndo, de dançar!”. Tudo isso eu sou impossibilitada de fazer. E tenho
vontade de fazer tudo isso, nunca vou perder. Mas é aquela questão, a gente se
acostuma… com coisas boas, com coisas ruins. Eu tenho mais experiência nessa
vida sem andar do que antes. Porque já se passaram 18 anos desde os meus 17.
Essa é a minha realidade hoje.
Qual a sua vaidade como mulher?
Bem… isso eu nunca perdi (risos). Eu já era muito vaidosa
antes do acidente e continuo sendo. Eu nasci com isso. É uma característica que
vem de família, a minha mãe também é muito vaidosa e eu nunca perdi essa
vontade de estar bem, de estar bonita, até porque eu acho que é importante para
mostrar para as pessoas que não é porque eu sou uma pessoa com deficiência que
eu não vou me cuidar, querer ser bonita, querer ser uma pessoa agradável aos
olhos.
Como você faz compras?
A Luciana (personagem de Alinne Moraes na novela “Viver a
Vida”) passou por uma situação dessa. Ela foi ao shopping para fazer compras e
o provador não era acessível, não entrava cadeira de rodas. Eu passo por isso
diversas vezes. Já aconteceu de eu ficar de fora da loja e alguém entrar, pedir
a blusa para mim e trazer para fora da loja porque a cadeira não passava na
porta.
A personagem Luciana, na novela, retratou bem a sua vida?
Sim, eu me vi ali muitas vezes. Eles foram muito bem
assessorados. Toda adolescente tem o sonho de casar, de ter filhos. É claro que
eu também tenho esses sonhos. Ter filhos já é algo que eu não sonho tanto. Eu
sonhei com isso durante muito tempo, mas hoje eu vejo que eu não vou ser
infeliz se eu não tiver filhos. Hoje estou muito envolvida no meu trabalho, que
é bem mais que um simples trabalho, é um desejo de levar a conscientização para
as pessoas, mostrar que não é um bicho de sete cabeças conviver com uma
deficiência, seja ela qual for. E hoje em dia eu posso dizer que eu sou uma
pessoa muito feliz. Eu tenho o carinho de pessoas que, se eu não tivesse a
deficiência, eu não teria.
Tem namorado?
Nessa questão de relacionamento eu também posso dizer que eu
sou plenamente realizada. Eu tenho uma pessoa que eu gosto, tenho meu namorado
e… (pausa) estou bem. (risos).
Então isso não é só coisa de novela?
Não, acontece mesmo. Lógico! (mais risos)
O que uma pessoa deve ter para namorar uma pessoa com
deficiência?
Cabeça aberta. Tem que me ver como uma mulher como outra
qualquer. Não quero ser tratada como coitadinha, como vítima, não quero ser
superprotegida de novo. Já fui durante muito tempo e hoje quero ser vista como
uma mulher como qualquer outra.
É o desejo de todas as mulheres?
É isso. Que seja feliz, que sofra, mas que tenha uma relação
verdadeira. E hoje, graças a Deus eu tenho um relacionamento assim. A gente
briga que quase se mata, mas isso é comum em qualquer relação, né? Ele não fica
passando a mão na minha cabeça, até porque eu não quero isso de forma alguma.
Deus me livre! A última coisa que eu queria na vida é ter uma pessoa do meu
lado por pena.
Você vai ao cinema, sai com os amigos?
Sim, tudo normal, levando em consideração que os meus
“bracinhos” têm que ir junto.
Deve ser muito difícil ver filme daquele lugar, ali pertinho
da tela, não?
É sim. Mas foi o espaço que sobrou. Por que não nos dão a
possibilidade de escolha, deixam um único lugar e que os deficientes se
contentem com isso. É aquela história, parece que é sempre um favor que estão
fazendo para a gente. E não é um favor, é obrigação.
Muitas empresas utilizam o apoio aos deficientes apenas como
marketing?
No começo não é nem marketing, é a necessidade de cumprir com
a obrigação legal. Esse acaba sendo o primeiro passo. Mas depois disso acaba
havendo uma conscientização. Porém, 99% das questões começam por conta da
obrigação legal.
Existem empresas que fazem um primeiro contato com você por
obrigação, mas depois se apaixonam pela causa?
Sim, existem muitos casos. Há empresas que levam a causa
muito além do que precisaria porque é uma questão que acaba apaixonando. A
acessibilidade é um bichinho que morde e você leva para o resto da vida. Sem
querer começa a prestar atenção em tudo, nas calçadas, nas ruas, em lugares que
não têm rampa, etc.
Você deve inspirar muita gente, não?
Espero que sim. A minha vontade é realmente ser vista como um
exemplo. Quero também que as pessoas percebam que todo mundo vai ficar velho,
que acabarão tendo limitações para ir ao banheiro, para caminhar, para deitar
na cama. Se o lugar que a gente mora já estiver preparado para receber essas
adaptações, facilita muito.
Você se incomoda com a falta de sensibilidade das pessoas
para essa causa?
Um pouco, mas eu também vivi do outro lado. Até os 17 anos eu
não tinha deficiência, nunca tinha convivido com uma pessoa com deficiência e
nem imaginava o que era uma pessoa tetraplégica. Eu também não tinha esse olhar.
Se a calçada era de petit pavet, se estava com buraco, se tinha guia rebaixada,
tanto fazia, porque eu não sabia qual era a importância daquilo. Então eu
entendo quando essas coisas passam despercebidas pelas pessoas. A boa notícia é
que hoje em dia nós somos bombardeados de informações por todos os lados e
percebo que muita gente já começou a enxergar um pouco além da sua própria
vida.
FOTOS:
Manoel Guimarães
CABELO E MAQUIAGEM:
Ronaldo Ramos
Com um delicioso sorriso no rosto, muito trabalho e foco em
cada um dos seus projetos, Mirella vai aos poucos mostrando que este é, sim, um
sonho possível. Dia após dia ela deixa para trás o velho clichê “pobre menina
rica” e se transforma em uma mulher diferente, jamais normal.
“Normal” é algo que não combina com Mirella. Através dos seus
olhos somos capazes de perceber as construções, as ruas e as pessoas de uma
maneira diferente. Ao entrar na sua intimidade somos convidados a observar
nossos passos, repensar relações e encontrar também a nossa missão por aqui.
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